segunda-feira, 22 de março de 2010

Análise do vídeo "Another Brick In The Wall" do filme "The Wall"

L

Alunos: Bruno Piola (RA: 830542)
Sílvia Campos (RA: 830551)
O vídeo começa com o som do trem apitando, ou seja, com um efeito sonoro. Ele é diegético, porque o personagem está ouvindo esse som. O personagem Pink, ainda garoto, coloca uma bala no trilho do trem e esta explode, sendo mais um efeito sonoro diegético. Então entra a cena do professor chamando o garoto (passagem com som diegético) que acaba quando entra a música “Another Brick in the Wall”, parte 2, do Pink Floyd. No meio da música, porém, o volume do som diminui, e o professor volta a falar com o personagem na sala de aula, com sonoridade diegética. Ou seja, houve uma sobreposição. Há também, nessa parte o efeito especial do professor batendo com um chicote no garoto, com o intuito de agregar maior veracidade à cena. Então o volume da música sobe novamente, aparecendo imagens relacionadas à letra, como um “clipe”. Nesta parte, a sonoridade é não diegética, pois os personagens do filme não escutam a música. A partir de 3:20 do video a musica é intercalada por diálogos - tanto do professor quanto das crianças,que, na verdade, estao cantando a musica - voltando a ser diegético nesses diálogos. Em 4’28’’ do vídeo, a música volta a ser de fundo e uma sequência de efeitos especiais diegéticos intercalam-se na cena: crianças gritando, quebrado carteiras e cadeiras, quebrando vidros, janelas e derrubando muros; destruindo todos os objetos presentes na cena que representam a escola, considerado por Pink local de repressão. Em 5’05’’ começa o efeito especial de fogo queimando, acompanhado da imagem de uma grande fogueira onde os alunos jogavam os pertences da escola. Todos esses efeitos especiais são diegéticos. Depois disso, a cena volta para a sala de aula, com o professor dando aula. Nessa parte fica claro para o telespectador que toda a música que passou, com a destruição da escola e a rebelião dos alunos, na verdade foi criada pelo imaginário do garoto, ou seja, toda a sonoridade que apareceu após a primeira cena do menino na sala de aula passa a ser meta diegético. O final da cena, na verdade é o começo de outra, protagonizada pelo mesmo personagem, só que agora mais velho. Essa mudança de cena/tempo é marcada pelo toque do telefone, diegético, e aparece quando é mostrada a foto de Pink ao lado de sua namorada. O toque mostra uma antecipação, pois o som é ouvido ainda na cena de Pink garoto. Se for considerar o filme como um todo, praticamente todas as sonoridades são meta diegéticas. Isso se explica pelo fato de Pink, o protagonista alucinado do musical, estar, na verdade, relembrando sua vida cheia de traumas e repressões, o que o levaram a se libertar de vez, a “quebrar o muro”, no final da obra.

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