terça-feira, 23 de março de 2010

Exercício 2: Narração

Ana Helena Ribas e Marina Paschoalli
Em 21 de agosto de 1968, Brigita Navratilova e sua mãe Cecílie esperam o trem para Paris na Estação Holesovice em Praga, quando surge um grupo de soldados soviéticos. A jovem Cecílie, intelectual aliada de Dubcek e contrária ao regime soviético no país, era mãe ausente, refletindo na personalidade de sua filha: Brigita era uma criança solitária e insegura, que brincava unicamente com seus amigos imaginários. Neste momento, a pedido de Cecílie, Brigita foge e assim não vê a mãe sendo levada pelos soldados. Caminha sozinha pelo caos das ruas de Praga e quando retorna à estação, não encontra mais sua mãe. Brigita senta na estação e folheia um livreto que encontra no chão, quando um jornalista russo a aborda. Cheio de perguntas que não são respondidas, o jornalista cobre a menina, que parecia sentir frio, com seu lenço, tira uma fotografia e parte. No dia seguinte, retornando à estação, o jornalista encontra Brigita no mesmo local, a alimenta com um pedaço de pão, mas ainda não consegue respostas. Sem conseguir desvendar o mistério da menina da estação, o jornalista parte, sem nunca esquecer o rosto angelical de Brigita, que cresceria em um orfanato e anos mais tarde conseguiria finalmente ir à Paris com a intenção de procurar por sua mãe. Já na França, seus caminhos novamente se cruzam com o do jornalista russo que a conheceu quando criança.

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