A menina das fotos
Nádia olha a foto tirada pelo pai há saudosos 21 anos passados. Hoje é seu aniversário de 28 anos, mas o olhar sobre o mundo é o mesmo, como de qualquer “cidadão do mundo”. Nádia não mora em lugar nenhum e nem é de ninguém. Sempre foi assim. Aliás este é um dos únicos “sempre” que adquiriu na vida. Nádia nunca tinha certeza de nada. Era os “nunca” que colecionava. Nádia é “do mundo” e isso é arraigado em sua alma e personalidade muito fortemente. Metade é culpa do pai, a outra metade é de Deus, como costuma brincar. Na foto, Nádia estava em Israel, uma das últimas cidades do Oriente Médio visitadas e fotografadas pelo pai antes de sua exposição histórica iniciada em São Paulo. Nádia vê seus próprios olhos fixos na imagem que eram tão admirados pelo pai, quem a fotografava em todos os lugares do mundo. Ela ainda acha que são iguais aos da mãe, mas é só impressão, já que não a conheceu.
“Ainda procuro minha raposa”, sorri Nádia lembrando de seu livro preferido na infância , “O pequeno príncipe”. Ela teve de aprender a lidar com relacionamentos passageiros, embora os sentimentos não o fossem. É difícil, mas ela acredita que as pessoas têm a capacidade de adquirir uma “frieza doce”. Assim sintetizava suas relações, sempre tão sinestésica.
Aquela era uma de suas fotos preferidas, já que Nádia sente, profundamente, em seu olhar todo seu espírito de menina aventureira, amante de artes como as cênicas e a literatura. Além de tudo e mais do que isso, ao olhar a foto, não se esquece de suas raízes, de menina do mundo. E do pai.
Por Ana Lis Soares e Elita Jarcem
“Ainda procuro minha raposa”, sorri Nádia lembrando de seu livro preferido na infância , “O pequeno príncipe”. Ela teve de aprender a lidar com relacionamentos passageiros, embora os sentimentos não o fossem. É difícil, mas ela acredita que as pessoas têm a capacidade de adquirir uma “frieza doce”. Assim sintetizava suas relações, sempre tão sinestésica.
Aquela era uma de suas fotos preferidas, já que Nádia sente, profundamente, em seu olhar todo seu espírito de menina aventureira, amante de artes como as cênicas e a literatura. Além de tudo e mais do que isso, ao olhar a foto, não se esquece de suas raízes, de menina do mundo. E do pai.
Por Ana Lis Soares e Elita Jarcem
Nenhum comentário:
Postar um comentário