terça-feira, 23 de março de 2010
Bastardos Inglórios - Raphael Rodrigues
Logo acima se apresenta um trecho do filme “Bastardos Inglórios” com direção de Quentin Tarantino. Durante este fragmento são misturados vários tipos de sons, mas com um objetivo principal muito bem definido: o de dramatizar a cena, tornando-a mais intensa e logo atraindo a atenção do público.
Inicia-se a cena com um diálogo, que caracteriza um som diegético on-screen. Tal diálogo ocorre em primeiro plano. Porém há o barulho do mato e de árvores atingidas pelo vento, este se trata de um efeito sonoro (diegético). Lembrar que tal som não produz nenhum efeito nos personagens que ali estão.
Logo ouvimos o barulho de um taco batendo em paredes, ou no chão. Tal som no início parece se tratar de um som não diegético, com o objetivo único de dramatizar a cena, mas logo ele se traduz em um som diégetico, pois ele é colocado em questão pelos persongens,ou seja, ele está inserido no universo sonoro perceptível por estes. Com o passar da cena o barulho causado pelo taco ganha maiores proporções e se torna mais freqüente. Quando chega próximo ao seu ápice, uma música de fundo (som não diegético) começa a acompanhá-lo (parece que os dois sons começam a ser um parte do outro) o que causa um momento de grande expectativa e de grande dramatização. Assim que se revela o “produtor” de tal barulho, a música de fundo é cortada e somente o som do taco continua.
Podemos observar este trecho aqui brevemente estudado como um exemplo em que o som foi de grande importância para a produção do desenrolar do roteiro. Somente as falas e colocações das personagens não conseguiriam causar no espectador as mesmas sensações tão bem trabalhadas com a ligação de todos estes elementos, tendo o som uma posição de grande importância.
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