Análise Sonora
por Mariana Zaia e Olavo Barros
Por tratar-se de um objeto que tem por excelência a apresentação de uma música, o videoclipe, que mescla elementos próprios do cinema, compõe-se de uma vasta gama de recursos sonoros, que vão desde a utilização de paisagem sonora e diálogos secundários até a própria interpretação da música proposta.
Cerca dos primeiros 3 minutos do clipe são utilizados para compor a situação que levará ao início da canção a ser interpretada. Nesses minutos, a predominância é de sons não-diegéticos utilizados principalmente como paisagem sonora. Como exemplos, podemos citar o som da passagem de um trem, uma sirene e um latido ao longo dos planos iniciais; uma música de ambientação que abre o vídeo, conferindo certa tensão ao ambiente presidiário a ser apresentado; o ruído das câmeras de segurança; o som da legenda que aparece na tela identificando data e local da situação ficcional, entre outros.
Ainda nesses três primeiros minutos, agora como sons diegéticos, podemos citar a abertura e fechamento das portas e celas do presídio; os passos da cantora que interpreta uma presidiária; as conversas, discussões e brigas entre as encarceradas; a música que as prisioneiras ouvem enquanto se exercitam; o toque do telefone; o tilintar das chaves e das correntes etc. Nota-se também o som off-screen, no momento que a personagem é chamada através do auto-falante para atender ao telefone.
Em seguida, ao iniciar a canção, os sons secundários cessam, dando lugar apenas a dois planos de som: ao da voz da cantora e ao acompanhamento musicado. A partir daí, as outras personagens continuam a interpretar e se mantém à parte desse primeiro momento da música. Logo, podemos caracterizar esse trecho que vai de 2’53’’ a 3’18’’como de som meta-diegético.
A cantora e algumas das personagens começam uma coreografia, o que caracteriza a canção como um som diegético durante a dança. Vale ressaltar que a todo o momento, música, interpretação e diálogos estão em sincronia, uma vez que a música, tema principal do videocilpe, dita o ritmo desse.
Um som diegético de abertura das grades da prisão marca a transição entre a coreografia e uma segunda cena que não é musical. O acompanhamento da canção ”Telephone” continua como background, um som não-diegético. Há , ainda, nessa segunda cena sons diegéticos como passos, barulho de teclado e de portão se abrindo. Ao longo do clipe existem efeitos sonoros que conferem comicidade e marcam um estilo de narrativa. Nessa cena, essa marca se faz presente quando Lady Gaga ergue sua sobrancelha.
O som e a imagem de um carro passando faz o corte na canção como background e salienta o diálogo que está por vir entre as protagonistas. Durante esse diálogo, mínimos sons diegéticos, como Gaga tirando os óculos e o barulho do plástico do sanduíche, são ressaltados para conferir o estilo cômico que marca toda a narrativa. Com o arranque do carro, a música volta como background, ou seja, som não-diegético.
Ao longo do diálogo travado pelas protagonistas enquanto dirigem, os sons diegéticos e sincrônicos em relação à música e à narrativa são predominantes: rádio (voz off-screen), “click” de fotos tiradas etc. Uma curiosidade a ser notada é a famosa máscara sonora que encobre alguma palavra de baixo calão e a forma como esse som foi empregado. Quando Lady Gaga fala a palavra motherfucker, o som que a encobre é não-diegético, pois simplesmente abafa o som da palavra, sem intervenções por parte das personagens. Posteriormente, quando Beyoncé diz a mesma palavra, a mesma tapa os lábios e olha para câmera como se soubesse que havia falado algo impróprio. Assim, pode-se concluir que a máscara sonora dessa segunda citação pode ser considerada diegética.
Daí até o final do videoclipe, outras duas cenas coreografadas são propostas: ambas tendo a música como um som sincrônico e diegético. A remixagem de som estabelece a sincronia com a imagem, que acompanha esse efeito como se a própria imagem estivesse sendo remixada.
Outro fator interessante a ser notado, é que, após começarem a ser perseguidas pela polícia, o som de sirene e do helicóptero, no começo do clipe não-diegético, passa a integrar a narrativa de forma efetiva, ou seja, tornando-se diegético.
Assim, pode-se concluir que para o gênero videoclipe a música, predominantemente diegética, é fator que determina o ritmo de “Telephone”, considerado uma transição entre o videoclipe e um curta-metragem musical.
Por tratar-se de um objeto que tem por excelência a apresentação de uma música, o videoclipe, que mescla elementos próprios do cinema, compõe-se de uma vasta gama de recursos sonoros, que vão desde a utilização de paisagem sonora e diálogos secundários até a própria interpretação da música proposta.
Cerca dos primeiros 3 minutos do clipe são utilizados para compor a situação que levará ao início da canção a ser interpretada. Nesses minutos, a predominância é de sons não-diegéticos utilizados principalmente como paisagem sonora. Como exemplos, podemos citar o som da passagem de um trem, uma sirene e um latido ao longo dos planos iniciais; uma música de ambientação que abre o vídeo, conferindo certa tensão ao ambiente presidiário a ser apresentado; o ruído das câmeras de segurança; o som da legenda que aparece na tela identificando data e local da situação ficcional, entre outros.
Ainda nesses três primeiros minutos, agora como sons diegéticos, podemos citar a abertura e fechamento das portas e celas do presídio; os passos da cantora que interpreta uma presidiária; as conversas, discussões e brigas entre as encarceradas; a música que as prisioneiras ouvem enquanto se exercitam; o toque do telefone; o tilintar das chaves e das correntes etc. Nota-se também o som off-screen, no momento que a personagem é chamada através do auto-falante para atender ao telefone.
Em seguida, ao iniciar a canção, os sons secundários cessam, dando lugar apenas a dois planos de som: ao da voz da cantora e ao acompanhamento musicado. A partir daí, as outras personagens continuam a interpretar e se mantém à parte desse primeiro momento da música. Logo, podemos caracterizar esse trecho que vai de 2’53’’ a 3’18’’como de som meta-diegético.
A cantora e algumas das personagens começam uma coreografia, o que caracteriza a canção como um som diegético durante a dança. Vale ressaltar que a todo o momento, música, interpretação e diálogos estão em sincronia, uma vez que a música, tema principal do videocilpe, dita o ritmo desse.
Um som diegético de abertura das grades da prisão marca a transição entre a coreografia e uma segunda cena que não é musical. O acompanhamento da canção ”Telephone” continua como background, um som não-diegético. Há , ainda, nessa segunda cena sons diegéticos como passos, barulho de teclado e de portão se abrindo. Ao longo do clipe existem efeitos sonoros que conferem comicidade e marcam um estilo de narrativa. Nessa cena, essa marca se faz presente quando Lady Gaga ergue sua sobrancelha.
O som e a imagem de um carro passando faz o corte na canção como background e salienta o diálogo que está por vir entre as protagonistas. Durante esse diálogo, mínimos sons diegéticos, como Gaga tirando os óculos e o barulho do plástico do sanduíche, são ressaltados para conferir o estilo cômico que marca toda a narrativa. Com o arranque do carro, a música volta como background, ou seja, som não-diegético.
Ao longo do diálogo travado pelas protagonistas enquanto dirigem, os sons diegéticos e sincrônicos em relação à música e à narrativa são predominantes: rádio (voz off-screen), “click” de fotos tiradas etc. Uma curiosidade a ser notada é a famosa máscara sonora que encobre alguma palavra de baixo calão e a forma como esse som foi empregado. Quando Lady Gaga fala a palavra motherfucker, o som que a encobre é não-diegético, pois simplesmente abafa o som da palavra, sem intervenções por parte das personagens. Posteriormente, quando Beyoncé diz a mesma palavra, a mesma tapa os lábios e olha para câmera como se soubesse que havia falado algo impróprio. Assim, pode-se concluir que a máscara sonora dessa segunda citação pode ser considerada diegética.
Daí até o final do videoclipe, outras duas cenas coreografadas são propostas: ambas tendo a música como um som sincrônico e diegético. A remixagem de som estabelece a sincronia com a imagem, que acompanha esse efeito como se a própria imagem estivesse sendo remixada.
Outro fator interessante a ser notado, é que, após começarem a ser perseguidas pela polícia, o som de sirene e do helicóptero, no começo do clipe não-diegético, passa a integrar a narrativa de forma efetiva, ou seja, tornando-se diegético.
Assim, pode-se concluir que para o gênero videoclipe a música, predominantemente diegética, é fator que determina o ritmo de “Telephone”, considerado uma transição entre o videoclipe e um curta-metragem musical.
OK. Incorporei o clipe para que todos acessem diretamenta do blog.
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