Raphael Rodrigues 833711
Como se montar um documentário? É só pegar a câmera e seguir em frente? É necessário traçar todo um roteiro, que determine as ações, os personagens e os temas do qual este tratará? Com certeza tais perguntas já passaram pela mente de quem tem como objetivo um dia seguir o caminho da produção deste tipo de produção. Para responder tais perguntas Trisha Das em “How to write a documentary script?”, expõem alguns pontos colocados como de grande importantes para que se de a montagem de um documentário. São eles:
- O tema é o principal.
- Credibilidade é a chave.
- A forma é mais importante que a fórmula,
- Trata de fato, não de ficção.
- É flexível.
- Inspira Movimento e ação.
- Envolve menos controle.
Coutinho, em seu documentário "Edifício Máster" seguiu alguns dos preceitos colocados acima, como os de que a credibilidade é a chave e que um documentário deve tratar de fatos e não de ficção. Podemos verificar tais preocupações pelas entrevistas, o que demonstra que ali são histórias de pessoas, o passado e o presente de cada uma e que no momento em que elas aparecem à frente da câmera contando tais fatos há um grande depósito de credibilidade a estas histórias.
O documentário aqui comentado também envolve menos controle, logo é flexível, inspirando movimento e ação. Tais pontos são facilmente observados pelas mudanças de direções durante as gravações, e da busca de um tema já após a instalação da equipe no edifício. Até mesmo Coutinho em certo ponto comenta que eles ainda estão a procura do que realmente será feito alí .
Porém quando assistimos ao documentário de Eduardo Coutinho vemos que é se importante conhecer a fórmula, porém quando quebrados alguns padrões de forma consciente podemos alcançar ótimos e diferenciados resultados que chamam a atenção de espectadores. É assim que ocorre com o “Edifício Máster”, que vai contra alguns outros preceitos apresentados por Trisha. Ele não toma um tema como principal, nele o principal é o local onde são encontrados hoje os personagens que irão contar suas histórias. Os temas vão mudando em cada entrevista. Podemos dizer que apenas há um ponto de intersecção que agiria quase como tema, sendo este as histórias de vida de pessoas que hoje vivem nos andares do Edifício Máster.
Já a formula, aqui se apresenta mais importante do que a forma, já que a forma não existe de início. Ela vai se desenhando no percorrer das gravações do documentário, diferentemente da fórmula, que é a de entrevistar várias pessoas que ali vivem e trazer as essências dessas juntamente com histórias que atraiam o público. Porém durante a entrevista também não há um caminho a ser seguido, fluindo naturalmente.
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