terça-feira, 30 de março de 2010

Roteiro Cena de dança de Olive, Final – Pequena Miss Sunshine. – 5min 38s.

Júlia Matravolgyi
Vivian Lourenço

http://www.youtube.com/watch?v=IQexiuLvZAk

Seq. 1:
Camarim/ Interna/ Noite

Olive veste camisa branca, gravata vermelha, cartola e colete preto.

(Voz do apresentador em off): Please, let´s give a worm welcome to miss Olive (...)!
A assistente de produção conduz Olive para o palco.

Seq 2.
Palco de teatro/ Interna/ Noite

O apresentador , no centro do palco, anuncia a candidata. Ela entra apreensiva.

Seq. 3:
Palco de teatro/ Interna/ Noite

Olive entra no palco, olha para a platéia, chama o apresentador e pede para falar no microfone.

Olive (apreensiva):
I want to dedicate this to my granpha...

Os familiares de Olive se entreolham, preocupados.

Apresentador:
Oh, that´s so sweet!
A platéia aplaude.
Apresentador:
Is he here now?
Olive:
In the truck of our car.

Apresentador (constrangido):
Ok!

Olive vira de costas para o público e respira fundo.
A música Super Freak, de James Brown, começa a tocar.
A menina começa a dançar, e a platéia olha curiosa. Os familiares de Olive se entreolham novamente.
A dança que a menina realiza é sensual, quase um streap-tease. Quando sua família percebe o que está acontecendo, manifestam preocupação.
As famílias das demais concorrentes mostram-se indignadas com o que acontece. Algumas mães retiram-se do ambiente.
Olive começa a parecer preocupada, por não estar agradando.
Na tentativa de evitar maiores constrangimentos, o tio da menina levanta-se e começa a bater palmas no ritmo da música.
As juradas escondem o rosto, desapontadas.
O pai de Olive também se levanta, em apoio à apresentação, na tentativa de motivar a menina. Aos poucos, toda a família se levanta para apoiá-la com palmas.
O apresentador do concurso parece divertir-se.
Uma das juradas se dirige ao pai de Olive:
What´s your daughter doing?

Pai (constrangido):
Shaking ass?

A jurada se retira ofendida. Ela vai para os bastidores e tenta impedir que o show continue.
Stop her! Right this minute!

O apresentador então passa a correr atrás da personagem pelo palco. O pai dela sai da platéia, sobe no palco e imobiliza o apresentador, permitindo que a apresentação continue.

Jurada:
Get your daughter off the stage! Now!

O pai sobe ao palco, e parece que vai retirar a menina de lá. De repente, ele começa a dançar junto com ela. Logo, é acompanhado por todos os familiares de Olive. Sua mãe parece achar graça de toda a situação, e é a última a se juntar ao grupo.
Várias pessoas da platéia se levantam e se retiram.
Quando a música acaba, a platéia está atônita. O DJ bate palmas, e um homem se levanta, animado. Ele se dirige ao palco e grita:

Oh Yeeeeah!

Foto da Menina

Juliano Sousa
Maria Carolina Vieira

Filha mais nova de uma família tradicional árabe, Ayanna é uma menina triste de 5 anos. Sua mãe foi condenada ao apedrejamento por ter sido infiel com um ocidental residente no país e nossa personagem é fruto, justamente, desse episódio. Graças à situação descrita, ela é excluída e maltratada, mesmo muito nova, dentro de seu ambiente familiar. Além de toda a repressão tradicional contra a figura feminina, existe a idéia de seus familiares que ela é fruto do mal, do pecado.
Fazia tempo que aquele homem observava essa menina. Sempre acuada, ela só saía ao quintal aos fins da tarde para recolher os panos, que secavam no sol escaldante de Teerã. Era a chance. Rapidamente agarrou a menina, pediu calmamente que não gritasse, envolveu-a com um véu e saiu caminhando. Ayanna estava assustada, mas lembrou das histórias que ouvia de seu irmão, único que lhe era querido, e dos príncipes que resgatavam quem tinha o coração sofrido.
Chegaram a uma casa, um pouco abandonada, e o homem, que não tinha feições parecidas com de ninguém que Ayanna já tivesse visto (era loiro, afinal) disse, numa mistura de emoção e ansiedade, que era seu verdadeiro pai e estava ali para tirá-la da família que só lhe desprezava.
O homem, que já se sentia culpado pela morte da mãe de Ayanna, não queria forçá-la a nada, mas desesperadamente queria que ela tivesse um futuro melhor. Mostrou a ela um livro, o primeiro que colocara as mãos, e disse-lhe:
- Aqui está o caminho para uma nova vida, para nós dois. Venha comigo, e seja minha filha.
Ayanna não tinha compreensão da gravidade daquilo tudo, mas sabia que o universo das histórias encantadas, o mundo que lhe permitia escapar da dura realidade de sua infância, agora estava em suas mãos. Olhando para os olhos do pai, disse-lhe que... sim.

EFEITO BORBOLETA – Sequência 01



Inicia com um trecho da TEORIA DO CAOS escrita.
“Algo tão pequeno como o vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo” (Teoria do Caos)

Sequência 01 – SALA COM APARENCIA DE ESCRITÓRIO - ESCURA OU COM POUCA ILUMINAÇÃO – INTERNA / DIA

Um vulto passa pelo outro lado da vidraça, enquanto a câmera é posicionada do lado de dentro de uma sala escura com pouca ou nenhuma iluminação.
A sala é invadida. A porta é aberta com força. Evan (aproximadamente 25 anos) adentra-a com movimentos bruscos e com pressa. Encosta a porta e empurra o sofá para a frente dela com o intuito de não deixar ninguém entrar.
Ele pega uma caixa que estava no canto da sala, próximo ao sofá que acabou de empurrar e a leva com pressa e nervosismo para baixo da mesa, onde ele se esconde enquanto puxa algumas folhas e uma caneta de cima desta.
Começa a escrever e a sussurrar uma mensagem.

Evan:
_ Se alguém achar isto significa que não deu certo e eu já estou morto, mas se tiver alguma maneira de voltar ao inicio de tudo isso talvez eu seja capaz de salvar ela.

(Enquanto ele sussurra e escreve, as próximas ações se desenrolam)


Algumas pessoas (enfermeiros, não identificá-los, somente dar a idéia do que são) passam pelo lado de fora da sala com lanternas. (Possibilitar somente a visualização do vulto destas.)

Pessoas (enfermeiros) fora da sala gritam:
_ Evan! (mais ao fundo)
_ Acho que ele está aqui! (mais próximo)


Maçaneta sendo forçada.
Pessoas (enfermeiros) fora da sala continuam gritando:
_ Evan!


Evan está escrevendo o final da carta. (FIM DA FALA DE EVAN)

Aproxime a imagem no trecho: “... Salve ela.” no mesmo momento em que ele sussurrar este texto.

(FIM DO BARULHO DA MAÇANETA)

Enfermeiro fora da sala chama novamente:
_ Evan!

Com efeitos especiais desmanchar o papel que se transforma em borboletas com um fundo escuro, que batem as asas rapidamente, logo se transformando na imagem de um cérebro. Condensar as duas imagens.

Neste momento apresentar o nome do filme.

Atividade - Menina da foto

Silvia Campos
Mariana Almeida

Hana Abdallah é uma garota de sete anos que mora em Mascate, capital de Omã, com seus pais Abdul e Ashira. Hana é uma garota incomum, pois é filha única numa sociedade em que se valoriza ter uma grande família, principalmente com descendentes homens. Embora já tenham tentando inúmeras vezes, Abdul e Ashira só conseguiram ter Hana, o que resultou em um relacionamento frio e atribulado, pois Abdul culpa Ashira pela sua falta de herdeiros, porém como nenhum dos dois foram ao médico para solucionar a esterilidade do casal não há como saber de quem é o problema.
Assim, Abdul entristecido se voltou para a religião, de maneira que é extremamente rígido e proíbe sua família de acompanhar a modernidade e as mudanças em Omã, já Ashira vive amargurada num mundo paralelo. Dessa forma, Hana foi proibida por seu pai de estudar. Mesmo assim, ela não desistiu de seu sonho de ser advogada, e cursa uma escola regular no centro da cidade.
Obedecendo as tradições de seu país, em que as mulheres devem cuidar dos serviços domésticos, Hana desce ao riacho diariamente para lavar as roupas, mas isso é só uma desculpa para ela ir às aulas, pois quem lava a roupa é Rhadige, mãe de uma amiga sua, que sempre quisera estudar, mas não tivera oportunidade por causa de sua família.
Devido a essas circunstâncias Hana não tem sossego enquanto está na escola, mesmo com o livro aberto,sempre que pode ela dá uma olhada para fora da sala de aula com medo de que alguém a veja e conte para seus pais.
Um dia o velho Dib, cuidador da mesquita que Abdul freqüenta, vê a menina na escola, ainda que ela sempre estivesse atenta e a delata para Abdul. Pega em seus estudos por seu pai, Hana é levada até a praça onde leva cinqüenta chicotadas.

Roteiro - O Iluminado



SEQUÊNCIA 1
INTERNA / QUARTO / NOITE

JACK, ATORMENTADO, FAZ AMEAÇAS À SUA ESPOSA WENDY POR TRÁS DA PORTA DO BANHEIRO.

JACK
Little pigs, little pigs, let me come in.

WENDY, ASSUSTADA, PEGA UMA FACA EM CIMA DA PIA DO BANHEIRO E FICA AO LADO DA PORTA. JACK, COM UM MACHADO, CONTINUA A AMEAÇAR WENDY. DEPOIS, TENTA ARROMBAR A PORTA.

JACK
Not by the hair of your chiny-chin-chin? Well then I'll huff and I'll puff, and I'll blow your house in.

WENDY CONTINUA NO MESMO LUGAR E QUANDO PERCEBE QUE JACK ESTÁ DESTRUINDO A PORTA COMEÇA A GRITAR.

WENDY
Jack, please! No, no...

JACK ABRE UM BURACO NA PORTA, ONDE COLOCA A CABEÇA.

JACK
Here’s Johnny!

JACK COLOCA A MÃO PELO BURACO NA TENTATIVA DE ABRIR A PORTA. WENDY CORTA JACK COM A FACA. ELE RETIRA A MÃO E GRITA.

Laís Bellini e Nathália Bottino

Roteiro - cena da novela Caras & Bocas



Ana Carolina Lorencetti Chica RA 830501
Juliano Ferreira de Sousa RA: 830534


Novela Caras e Bocas
Capítulo 189
Cena 1 – Casa da Milena / Interna – DIA
BG
NICK ENTRA DESESPERADO NO APARTAMENTO DE MILENA E COMEÇA PROCURAR PISTAS DE ONDE ELA FOI COM SEU CARRO. ELE VASCULHA VÁRIAS PARTES DO APARTAMENTO E PERCEBE O TELEFONE FORA DO LOCAL. APERTA REDIAL E CONSEGUE FALAR COM UM ATENDENTE.

Nick (impaciente) : DI: Ela deve ter deixado alguma pista.
DF: É só eu apertar redial e...

Cena 2 – Revendedora de Automóveis/ Interna – DIA
O ATENDENTE ESTÁ SENTADO EM UMA MESA DE ESCRITÓRIO DA CONCESSIONÁRIA DE AUTOMÓVEIS EM QUE TRABALHA. ELE ATENDE AO TELEFONE E COMEÇA FALAR COM NICK.

Atendente concessionária (alegre): DI: Possantes & Charmosos.
DF: Vamos trocar de carro hoje?

Cena 3 - Casa da Milena / Interna – DIA
NICK APARECE NO APARTAMENTO ASSUSTADO COM O TELEFONE NA MÃO.
Nick (desesperado): Um revendedora de automóveis! A Milena vai vender o meu carro!

Cena 4 – Revendedora de Automóveis/ Externa – DIA

MILENA APARECE MOSTRANDO O CARRO DE NICK PARA UM DOS VENDEDORES DA CONCESSIONÁRIA NA PRÓPRIA EMPRESA. ELES CONVERSAM SOBRE O PREÇO ATÉ NICK CHEGAR E PROTESTAR CONTRA O QUE ESTAVA ACONTECENDO.

Milena (confiante): E então? Qual é a sua avaliação?
Vendedor da concessionária (em dúvida): Ahh... A senhora sabe que estamos passando por uma crise. Os preços caíram muito.
Milena (impaciente): DI: Quando a gente vai vender..
DF: Quanto é que vale o carro?

Vendedor: Olha..
Nick(nervoso): Não vai comprar coisa nenhuma!
Vendedor (surpreso): e quem é o senhor?
Nick (nervoso): Eu sou o marido dessa maluca! E este carro não está à venda!
Vendedor (mais calmo): DI:O senhor por favor se acalme.
DF: Não atrapalhe.
Nick (nervoso): DI:Eu já disse que não tem negócio.
DF: .. e eu não assino documento nenhum.
Milena (calma): DI: Eu assino.
DF: Eu posso dispor dos seus bens.

Nick (furioso): DI: Maldito contrato!
DF: eu processo essa revendedora!

Vendedor (desconfiado): Nesse caso, eu prefiro não ir adiante.
Nick (nervoso): Agora vamos embora, Milena, que você quase me enlouqueceu.
Milena (nervosa): Eu vou pegar esse carro e levar em outra revendedora!
Nick (nervoso, grita): Não vai!
Milena (nervosa, grita): Nick!Eu preciso de dinheiro pra comprar roupa nova porque você
vendeu as minhas!
Nick (ainda nervoso, grita): Quer torrar meu carro em roupas?
Milena (nervosa, gritando): Você torrou minhas roupas em bobagens!
Nick (nervoso, grita): Porque você botou a fatura daquela pulseira caríssima nas minhas costas!
Vendedor (preocupado): Por favor, vamos parar com escândalo.
Milena (nervosa, grita): Eu não tô fazendo escândalo!Nick, você vai ter que me dar um guarda-
roupa novo!
Nick (irônico): Vai contando com isso, vai!
BG: música romântica.
Nick (impaciente, grita): Vem! Eu te dou uma carona!

Cena deletada do filme Titanic - “O barco 6 não volta”




Bruno Piola – RA: 830542


Silvia Campos – RA: 830551

Cena deletada do filme Titanic - “O barco 6 não volta”

Sequência 1 – Barco 6 – Externa/Noite

Plano Geral. Barco 6 em primeiro plano e Titanic afundando ao fundo.

Câmera em plano médio no comissário e em close na personagem Moly Brown. Alternância entre os dois.

Comissário: Pull, pull! Put your strength into it.

Comissário: Pull!

Travelling do barco para o foguete de alerta.Câmera em plano médio nos passageiros e close no foguete.

Câmera em plano médio no comissário.

Comissário: Pull! Pull! Come on, pull. Pull!

Sequência 2 – Titanic – Externa/Noite

Câmera em plano médio do capitão e da tripulação do navio.

Thomas Andrews: There!

Capitão: Come back! Come back to the ship. Boat six! Come back to the ship!

Plano Geral da seção de botes. A câmera volta para o barco com close em Moly Brown. O Titanic aparece ao fundo da cena. Durante a cena, a câmera alterna closes entre Moly Brown e o comissário.

Molly Brown: Stop! We have to go back.

Comissário: No, The suction will pull us down if we don’t keep going.

Molly Brown: We have lots of room. I say we’ll go back.

Comissário: No! It’s our lives, not theirs. And I’m in charge of this boat, not theirs. Now row!

Sequência 3 – Titanic – Externa/Noite

Câmera filma o capitão, no navio, em plano médio.

Capitão: This is the captain. Come back to the ship.

Capitão: The fools. (Capitão fica em close).

Sequência 4 – Academia – Interna/Noite

A câmera faz um travelling dos passageiros, até chegar em um específico, conversando com outro. Continua o travelling e a câmera em plano médio nos dois passageiros que começam a conversar.

Passageiro: I wont wear that, sir. It will just slow me down.

John Jacob Astor: There’s seven hundred men on shore.

Sequencia 5 – Corredor- Interna/Noite

Câmera em plano médio em Cal e LoveJoy andando pelo corredor.

Câmera começa a seguir os personagens em travelling, filmando cadeiras caindo na água, pessoas fazendo barulhos, apavoradas, gritando.

Câmera se desvia dos personagens e se aproxima de outro: o cozinheiro. Este joga uma espreguiçadeira no mar e toma um gole de uma bebida alcoólica.

Sequencia 6 – Titanic – Externa/Noite

Câmera mostra plano geral do navio, com pessoas gritando.

Lavoura Arcaica

http://www.youtube.com/watch?v=fzRm2KgT0qo

SEQUÊNCIA 1 5º DIA
EXTERNA / FAZENDA / DIA

Sonoplastia: solo de flauta de pã

Plano geral em André de costas caminhando pela Fazenda. Ao fundo, um casal passa de bicicleta, e crianças correm. André se senta de baixo de árvore com aspecto antigo, grande, ramificada.

Plano médio de pessoas comendo melancia (primeiro plano) e dançando (segundo plano). Plano sequência horizontal das pessoas saindo para dançar (câmera atrás das folhas das árvores).

Plano próximo de baixo para cima do flautista.

Sonoplastia: começa a música árabe (até final).

Plano geral da festa. Pessoas dançam em roda.

Plano americano do pai do patriarca da família e mais dois amigos fumando narguilé.

Close up dos pés das pessoas que dançam em primeiro plano da roda. Em segundo plano, plano geral da roda.

Plano médio dos músicos dentro da roda.

Plano americano do patriarca servindo vinho.

Plano conjunto de Pedro (primogênito) puxando a roda a dançar.

Plano geral (primeiro plano) de André, de baixo da árvore. Em segundo plano, a festa.

Plano médio de casal dançando dentro da roda.

Plano americano do patriarca bebendo vinho.

Plano próximo do casal dançando dentro da roda.

Plano americano de André sentado de baixo da árvore, olhando a festa acontecer.

Plano sequencia de Ana, filha do patriarca e irmã de André, entra correndo na cena para dançar. Rouba de forma sutil o lenço que alguém segura, e se põe a dançar de forma insinuante. Em segundo plano, a roda continua a dançar. Pedro, seu irmão, entra em cena para dançar com ela.

Close up dos pés dançando.

Plano próximo do patriarca levantando e expressando sua alegria de ver a filha se pondo a dançar.

Pássaros voando no céu.

Plano médio ângulo baixo de Pedro dançando.

Close up dos movimentos da dança de Ana.

Plano americano de Ana e Pedro dançando no meio da roda.

Plano conjunto em sequencia de Ana, Pedro e pessoas dançando.

Plano americano de André em baixo da árvore observando Ana dançar. Respiração começa a ficar mais evidente.

Plano americano de Ana dançando.

Close up de André tirando as botas sem as mãos, sentindo as folhas secas e o chão frio, de forma angustiante.


Ana Paula Braga Machado 830941

Roteiro trecho do filme: Meu nome não é Johnny

Renata Takahashi 830593
Renato Sostena 830615

Meu nome não é Johnny

Cena: Alcides chegando na cadeia
Cela de cadeia – interno – noite



João Estrela está dormindo no chão e é acordado por um barulho de passos, chave e um portão enferrujado abrindo. Na cela de cadeia lotada, os presos estão dormindo, muitos no chão. Mais um preso entra e começa a reclamar, acelerado. É Alcides. Ele começa a falar e, enquanto isso, a câmera alterna entre o Alcides e os outros presos, principalmente João Estrela.

Alcides, andando entre os presos no chão, falando alto, nervoso.
- Orra velho, tá muito apertado essa porra aqui! Dá pra dormir nesse cafofo, não! Até muriçoca tem que fazer dieta pra dormir numa porra dessa. Devia ter deixado os cara me encher de bala, pelo menos agora tava lá no IML, dormindo na gavetinha ali ó, na brisa.


Um dos presos responde.
- Foi cheirar 50 gramas!


Alcides, olhando para o carcereiro.
- Vou ter que cheirar mais 50 pra dormir num lugar desse. Me pendurar no teto feito uma porra dum morcego. Porra meu irmão, quebra essa aí, arruma um lugar pra eu dormir.


Carcereiro.
- Ó, tem uma cela cheia de africano. Qué caí lá?

Alcides responde.
- Nem fudendo, prefiro dormir em pé.
- Ô Rio! Calor do caralho nesse lugar,hein? Calor da zona. Não tem uma água aí não, veio? Um guaraná? Ô véi, arruma uma água aí pra gente, isso aqui tá o deserto do Saara. Num sô beduíno não hein?

João Estrela, sentado, fumando um cigarro, responde.
- Sossega aí, brother. Porra, tá parecendo o Mick Jagger mano!


Alcides.
- Quem é, o maluco do beição? Ô, tá tirando uma com a minha cara, veio? Que hora que sai o café?


João Estrela.
- Que café, maluco? Tu meteu 50 gramas na areba adentro. Vai comê o quê, rapaz?

Alcides sai correndo muito acelerado, pula na grade da cela e grita.
- Ô meu irmããão!


Um dos presos que estavam dormindo, na cama (“status”), chama a atenção de Alcides.
- Ô negão!


Alcides, berrando pra fora da cela.
- Manda buscá um rango pra gente aí, um Mc Donald! Mc nugget, Mc trio, a porra toda!

O preso da cama interrompe.
- Tá pensando que tu tá no resort?


Alcides desce da grade, ainda berrando.
- Eu pago essa porra! Os presos da cama.


- No Big Mc vem com coca grande.

- É, então pega a coca e enfia no cú e devolve o casco.

Os presos pedem silencia.
- Shhhiu.


Alcides, gritando, muito nervoso.
- Shiu o caralho!

Isidora - Larissa Maschio e Thiago Sawada

Zlata Kapidžić-Hadžić nasceu numa família muçulmana, em Nevesinje, ao sul de Saraievo, capital da Bósnia. Observando as frustrações da mãe, Zlata aceita a oferta de Vukša, um suposto empresário sérvio que se ofereceu para ajudá-la a seguir na carreira artística. Aos dez anos, foge de casa e vai trabalhar como bailarina no circo de Vukša.
Durante os doze anos no circo, descobre sua bela voz. Esse detalhe foi o principal motivo para deixar o circo e ir para Belgrado para tentar a carreira de cantora. Adquiriu a cidadania sérvia e adotou o nome de Isidora Vujčić. Após alguns anos, torna-se uma cantora famosa na Iugoslávia.
Em 1992, inicia-se a Guerra da Bósnia. Na época, Zlata vivia em Belgrado com o marido e seus filhos. Não tinha mais vínculos com sua família na Bósnia. Quando soube que o exército sérvio já havia tomado Saraievo, Zlata envia uma carta a família com uma grande quantia em dinheiro, que nunca chega ao destino.
Após o final da guerra, quando caminhava por uma feira de rua, encontra uma barraca que vendia objetos saqueados da guerra. Zlata reconhece vários pertences da sua antiga casa. Ao revirar algumas fotos, ela encontra uma de si mesma na infância. Zlata Investiga a forma como o vendedor possuía aqueles objetos e descobre que ele é seu irmão mais jovem, que não a reconhece.
Pela conversa com Miller, seu irmão, ela fica sabendo que sua mãe enlouqueceu após ter sido violentada e seu marido morrer na Guerra. Ela vai à Bósnia visitar sua mãe. Elas têm uma conversa, e sua mãe, Nasiha, fica decepcionada ao saber que sua filha podia ter salvado sua família e não o fez. Nasiha pega uma arma e atira na própria cabeça.

Roteiro - Ana Lis / Elita

vídeo: "Um lugar chamado Notting Hill"


SEQ 01 – PORTOBELLO ROAD – EXT – DIA

Uma música triste começa a tocar e William começa a caminhar pela rua de Notting Hill.
A câmera o acompanha na caminhada e indica a passagem do tempo. As estações vão passando durante a caminhada.

No início é verão – observamos muitas barracas de flores e frutas. Ele passa e interage com Honey que está abraçada com seu novo namorado. Observamos uma mulher grávida.

Em instantes começa a chover, e ele coloca seu paletó, algumas folhas indicam que é Outono, mas logo aparecem casacos de inverno e em seguida já vemos a neve, com árvores de natal e liquidações de final de ano.

A neve derrete e em alguns metros já é Primavera. Muitas barracas de flores pelo caminho e vemos Honey brigando com seu namorado e chorando. William tira o paletó e passa novamente pela mulher que estava grávida e que agora segura seu bebê de aproximadamente 3 meses.

A câmera fica na mulher com seu bebê.

Encontros e Desencontros - Cena do robô



CENA 01

DIA

EXTERNA / LOJA DO SHOPPING DE TÓQUIO

AO FUNDO UMA MÚSICA RUIDOSA, COM SONS QUE REMETEM A TECNOLOGIA.
CÂMERA INTERNA MOSTRA FIGURANTE OLHANDO A VITRINE E CHARLOTTE ENTRANDO NA LOJA. ELA OBSERVA A VITRINE E PASSA OS DEDOS SOBRE OS LIVROS EM CIMA DA ESTANTE. CHARLOTTE REPARA EM UM QUADRO NA PAREDE, FORA DE CENA.

FOCO NO QUADRO, QUE MOSTRA UMA MULHER ORIENTAL SEMI-NUA. TRAVELLING NA PAREDE DE QUADROS, FOCA CADA UM. SÃO 3 FOTOS DE MULHERES ORIENTAIS.
CORTE PARA ROSTO DE CHARLOTTE, QUE SAI DE QUADRO. ELA CONTINUA ANDANDO PELA LOJA, CHEGA A UMA REPARTIÇÃO COM GRANDES JANELAS. UM ROBÔ PEQUENO, COM ASPECTO DE BONECA, ENTRA EM CENA. CHARLOTTE ABAIXA PARA OBSERVÁ-LO. NESTE MOMENTO, OUTRO ROBÔ ENTRA EM CENA.

PLANO/ CONTRA-PLANO: O ROBÔ LEVANTA A CABEÇA E OLHA MUITO PRÓXIMO AO ROSTO DELA. CÂMERA FOCA NELA, COM O SEMBLANTE CURIOSO. OS ROBÔS SE DESINTERESSAM, SE VIRAM E SAEM, PRIMEIRO O DE TRÁS E DEPOIS O QUE OLHA PRA ELA (DÃO UM GIRO DE 360º, CADA UM PARA UM LADO). CHARLOTTE PERMANECE OSBERVANDO-OS. FADE OUT.

Ana Helena Ribas / Marina Paschoalli

Roteiro - O cravo e a Rosa

Karla Torralba RA: 833622
Vanessa Silva RA: 830811



Sequência 1 - Dentro de casa – INTERNA – DIA

CATARINA E PETRUCHIO ESTÃO INDO A UM CASAMENTO. A ESPOSA ACORDA O MARIDO AOS GRITOS PARA QUE ELE VÁ SE APRONTAR PARA A CERIMÔNIA.

CATARINA (AOS GRITOS): Levante-se, petruchio, levante-se!
PETRUCHIO: O que é que é, Catarina. Está acordando cedo agora por causa de galinha?!
CATARINA: Levante-se ou pego o carro e vou dirigindo sozinha para o casamento!
PETRUCHIO: Ah não. Não vai fazer uma doidera dessa não, que ainda é capaz de você atropelar a noiva.
CATARINA: Até que não seria má ideia...Mas vamos! Levante-se! Levante-se, porque eu quero chegar cedo.
PETRUCHIO: Chegar cedo?
CATARINA: Coisas minhas...Ah, Petruchio, quando chegar na igreja, não sente no corredor sente na outra ponta do banco.
PETRUCHIO: Você está muito misteriosa.
CATARINA: Aguarde.

CATARINA SAI DO QUARTO E DEIXA PETRUCHIO SE ARRUMANDO.

Sequência 2 – Na sala – INTERNA – DIA

PRONTA PARA O CASAMENTO, CATARINA ESPERA PETRUCHIO. QUANDO O MARIDO CHEGA À SALA, A ESPOSA SE SURPREENDE COM A APARÊNCIA DO MARIDO, DE TERNO E GRAVATA.

D.I: “Julião Petruchio, vamos...”
D.F: Já que resolveu se vestir como gente, melhor”.

OS DOIS DEIXAM A CASA E SE DIRIGEM À IGREJA.
Mariana Zaia e Olavo Barros

Menina Myra, 10 anos.
Ancara, Turquia.


Era 6 horas quando o despertador tocou. Levantei, ainda meio atordoado e pensei que as coisas não mais seriam como antes. Saí do banho, acendi um cigarros e saí daquele pequeno quarto. “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, não é assim que dizem? Após um rápido café na cozinha do hotel, daqueles tipo ‘tapa-buraco que dava para me sustentar por umas 2 horas, parti para o centro de Ancara. A província turca era cheia de mistérios e peculiaridades. O bonito estava ao lado do feio e a fortuna a lado da miséria. Nada tão fascinante como o contraste. Enfim, estava no centro. Novamente, no meio de contrastes. Observava o comércio e pensava “como podia tanto brilho em uma ambiente tão infértil e sem cor? De onde vinha aquela beleza intocável e inexplicável? Ainda não sei! E tinha receio de não saber como traduzir em uma lente objetiva tudo o que sentia naquele momento, naquele lugar. Era tanta informação e eu estava atrás de uma síntese. Ao olhar pelas ruelas do comércio, avistei uma pequena menina. Atendia pelo nome de Myra. Tinha não mais que dez anos. Dez anos de amargurada e de esperança. Era feliz, mas tinha lágrimas ao redor dos olhos. Era brilhante e estava num cenário fosco, sem vida. Vi Myra, encontrei Ancara. Vi a menina, cliquei. Ela traduzia o que eu sentia.

Atividade 2 – Criação de personagem e narração de história – Raphael Rodrigues

(Personagem)

Margareth (12 anos)

Durante a história se apresenta como uma foto, a possibilidade de uma amiga.
Para quem observa de fora é apenas uma foto, um ser sem sentidos. Apenas a imagem de alguém, numa revista qualquer de uma data qualquer. Mas para uma garota solitária é uma amiga, a sua melhor amiga. Para esta garota, a garota da foto é Margareth, sempre sorridente. Ela é simpática, legal, protetora, feliz, confiável e linda. Por fim é perfeita. Tão perfeita quanto uma desconhecida numa revista, alguém que não conhecemos.


(Sinopse)

Roberto, um “idoso” de 35 anos está caminhando de um lado para o outro da sala pensando sobre o que vai escrever na sua crônica, está sem nenhuma idéia. Está chovendo, mas decide sair pra ver se encontra alguma idéia perdida pelas ruas.
Ele caminha, caminha e não vê nada, tenta ligar para a ex-mulher, mas não consegue. Então liga para um antigo colega que fala pouco e desliga o telefone. Roberto mal sabe que quem estava do outro lado da linha está pulando de um prédio direto para a morte.
Roberto continua caminhando, enquanto os bombeiros fazem o seu trabalho no outro lado da cidade. Ele vê uma rua quieta e parada, onde vê somente uma garota triste olhando para uma foto que diz ser de uma amiga que perdeu. Logo a garota sai chorando e Roberto acaba com a foto em suas mãos.
E assim, no meio ao silêncio, ele vai embora para casa. Caminha e caminha, entra em sua casa, fica olhando pela janela enquanto fuma e toma café e logo vêem a idéia. Decide escrever sobre a monotonia da cidade sem saber tudo o que ocorria lá fora: alguém que se mata por um amor não correspondido; alguém que é morto por estar na hora errada, no local errado; pessoas que arriscam a vida para salvar outras; loucos que atendem telefones e uma garota que recorta a foto de uma garota que encontrou na revista e que inventa ser sua amiga, mas que logo vai embora. Roberto escreve a crônica “A monotonia destes dias” e coloca a foto da menina em cima da mesa, um pouco ao lado algumas revistas jogadas, entre elas se vê a mesma foto em uma página um pouco amassada.

A foto, o livro

Laís Modelli
Ela tinha 6 anos e nunca tinha visto um livro antes. Há quem arrisque, inclusive, que Hadija nunca tinha sequer tocado em uma folha de papel. Sim, esse era seu nome, Hadija. E por que ela nunca havia sido apresentada a um livro antes? Porque o lugar onde Hadija vive costuma ser povoado não pelas palavras escritas, mas pelas onomatopéias gritadas pelas bombas noturnas e pelos tiros matinais. E assim como há inúmeros Severinos no sertão nordestino do Brasil, também há muitas Hadijas no país das onomatopéias. Mas naquele dia da foto, a garota de 6 anos passou a ser diferente das outras Hadijas, pois agora sabia o que era um livro e conhecia a consistência de uma folha de papel. E quem diria que uma Hadija, que tem a mesma sorte de um Severino, seria capaz de avisar todo o mundo que faltava educação em seu país, até então refém das onomatopéias e órfão da escrita. A foto, por sua vez, deu ao fotografo, um jovem jornalista ocidental, reconhecimento mundial. E o que foi feito por Hadija? A única coisa que podemos afirmar é que o tal jornalista e fotografo deu à garota o seu livro, aquele da foto.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Análise de trecho do filme "Mais estranho que a ficção"

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Laís Modelli
Pássaros cantando, despertadores prestes a tocar, o vento soprando na janela. Assim começa o filme "Mais estranho que a ficção", de Marc Foster. Mais que estética, essa paisagem sonora avisa o espectador e o próprio personagem do filme que já é manhã. O relógio do personagem apita, sinalizando que é hora de acordar. Além de ser um som Diegético, pois o personagem pode ouvi-lo, esse som também é on screen, já que o som é personificado, a figura do relógio também está lá. Logo em seguida, o som dos ruídos é substituído pela voz da narradora do filme. Durante toda a cena, a narradora se faz onisciente: ela não participa da trama, mas sabe de tudo aquilo que acontece com o personagem. Esse som caracteriza-se por ser Não diegético e off screen, já que o personagem não pode ouvir a narração e não aparece a figura da narradora. E o jogo de Diegético misturado com Não Diegético persiste ao longo da cena: ao mesmo tempo que a narração off screen continua, imperceptivel aos ouvidos do personagem, acontecem sons do cotidiano do personagem, como o barulho da escova de dente roçando nos dentes do personagem, o som dos carros passando na rua, do elevador chegando no piso e assim por diante. Vale lembrar que são todos on screen, uma vez que a escova, os carros, etc, estão na cena. A trilha sonora começa somente quando a cena alcança os 50s, contribuindo para o som Não Diegético.

terça-feira, 23 de março de 2010

Análise de trecho do filme "Corra, Lola, Corra"

Laís Bellini e Nathália Bottino



O trecho selecionado do filme “Corra, Lola, Corra” começa com um som não diegético. Ele é representado por uma música acelerada de fundo, que unida a um movimento rápido de câmera focando pessoas, nos transmite a ideia de um lugar caótico e frenético. A partir dos 5s, surge uma voz masculina que emite frases provocativas, podendo ser classificada como som diegético. A música passa então para pano de fundo. Após 1min, podemos observar que juntamente com música aparece um som diegético on screen: a fala de um personagem presente na cena. Em seguida, o barulho do chute de uma bola é classificado, novamente, como som diegético on screen. O som não diegético da música permanece todo o tempo do trecho e ao fim torna-se mais alto somado ao barulho da bola que cai.


Rio 2016 - Larissa Maschio e Thiago Sawada

A análise do discurso sonoro do vídeo institucional da candidatura do Rio de Janeiro a sede das Olimpíadas de 2016 sugere que, para uma mesma cena, pode-se corelacionar sons diegéticos e não diegéticos. A trilha sonora vai sendo composta a partir da repetição de elementos sonoros do cotidiano carioca. Os sons que remetem a práticas esportivas (corrida, natação, vôlei) são mixados ao barulho da natureza (vento, ondas do mar) e do trânsito da cidade (apito dos guardas, buzina de automóveis). Cada cena apresenta sons diegéticos sincronizados com os elementos que os produziriam. Enquanto as imagens vão se sucedendo, alguns sons anteriores se acumulam formando uma melodia classificada como não diegética. Durante quase todo vídeo, esses diferentes ruídos vão compor o arranjo musical para a música “Cidade Maravilhosa”. Esta é cantada por múltiplas vozes (predominantemente em off screen) e pode ser classificada como diegética, não diegética ou ambas, dependendo do fragmento analisado. Geralmente, nas imagens onde se percebe uma maior concentração de pessoas, o tom musical se transforma com a introdução de diversas outras vozes. A canção toma forma imagética na cena que mostra uma roda de samba; nesse caso, tem-se um quadro essencialmente diagético on screen. Um recurso bastante utilizado no vídeo é a simulação de audição seletiva, ou seja, em certas cenas alguns ruídos têm o seu volume ampliado para corresponder com o movimento das imagens.

Roney Rodrigues e Thiago Teixeira

Sobre Revistas e Cores
um olhar catártico sobre a condição humana em meio a escombros

Seu eu pudesse eu voava para bem longe daqui, pensou Geisy Slovenick. Um lugar onde bombas não estourem e casas não desmoronem feito castelos construídos na areia e que se possa sair para brincar ao sol e que familiares não sumam sem explicação e... Amélia quer sua infância. Que está ausente. Que está perdida. Que está partida. A Kosovo em guerra, tropas marchando em crescendo pelas ruas, a acústica terrível de tiros, corpos jazendo pelas calçadas, pútridos os corpos, as frutas, todo fruto. Deus nos esqueceu, Amélia pensa, Amélia afirma, Amélia sente. Ela encontra uma revista, folhas rasgadas, suja de poeira, e tenta ler a estranha palavra imprensa na capa. Vo... Vougue. Lindas mulheres desfilam com elegantes vestidos em requintados lugares com charmosos homens. As palavras soam estranhas: la saison de la tresse, piornnier dans lúnivers des eaux de soin. Outro idioma, outro mundo.
Sem perceber ela está em outra dimensão. Ao folhear num mundo algo de outro mundo, mulheres em praias paradisíacas, tomando chá em apartamentos bellè-epoque, passeando com simpáticos cachorros e dirigindo carros esportivos italianos, Amélia pensa nas cores de outro mundo, nos contornos de outras realidades, na geografia lugares diferentes à ela.
Um homem se aproxima. Porta uma maquina pendurada ao pescoço por um cordão. Amélia percebe sua aproximação. O homem se ajoelha e como uma arma aponta a câmera fotográfica para a menina. Amélia já saiu de seu mundo de devaneio, está de volta à Kosovo escura, cinzenta, em guerra. No momento que seus olhos saem do mundo Vougue, das luxuosas francesas, Geisy ouve click. Seu olhar estará estampado na próxima propaganda da Benetton.

Gravuras Imersas

Tereza viveu até seus cinco anos em meio a crianças num orfanato em Cartagena, litoral da Espanha, onde foi deixada por seus país quando ainda era um bebê de colo. Nunca soube de seu passado, nem tem tanta idade para saber ainda. Sempre teve dificuldade de se relacionar com as pessoas – uma maneira tímida de ser – por isso, freqüentemente, como boa apaixonada por gravuras, ficava horas observando as imagens que a distanciavam do mundo real e das dificuldades que enfrentava sozinha no mundo.

Foi por poucos euros que Javier comprou meia dúzia de crianças no orfanato de Dona Consuelo. A velha espanhola não fazia questão de manter a dignidade dessas pequenas, o que lhe trazia o sorriso ao rosto era o dinheiro.

Foi no meio da noite que Tereza junto às outras cinco crianças foi levada por Javier para um navio com destino à Toulon, na França. Lá, eram aguardadas para serem distribuídas por todo o país. Javier trabalhava com venda de crianças para turismo sexual. Nunca demonstrou nenhum sentimento de compaixão. Se aproximava muito de Dona Consuelo por sua ganância e avareza.

Foi no dia seguinte que Tereza acordou e se viu num lugar escuro e desconhecido. O cheiro de éter ainda exalava de seu nariz. O porão que abrigava clandestinamente as crianças fedia a mofo e as paredes umedecidas atraiam os ratos que dividiam o espaço com aqueles órfãos. Dentro do navio continham 100 crianças de até 8 anos, todas rumo à humilhação física e psicológica que adiante encontrariam.

Um clarão ilumina o porão e Javier alegra as crianças com os melhores dos brinquedos. Como bem informou Dona Consuelo, Javier reservou a Tereza diversos livros de gravura. Pela primeira vez, contudo, o livro não a entretia. O medo tomava conta da pequena Tereza. Uma máquina fotográfica envolta no pescoço de Javier passou a focar o rosto de cada um dos pequeninos daquele porão para a divulgação dos rostinhos que a diante seriam comprados. Na foto, o rosto de Tereza evidenciava o destino inevitável dela e das crianças.

Laís Bellini e Nathália Bottino

Exercício 2: Narração

Ana Helena Ribas e Marina Paschoalli
Em 21 de agosto de 1968, Brigita Navratilova e sua mãe Cecílie esperam o trem para Paris na Estação Holesovice em Praga, quando surge um grupo de soldados soviéticos. A jovem Cecílie, intelectual aliada de Dubcek e contrária ao regime soviético no país, era mãe ausente, refletindo na personalidade de sua filha: Brigita era uma criança solitária e insegura, que brincava unicamente com seus amigos imaginários. Neste momento, a pedido de Cecílie, Brigita foge e assim não vê a mãe sendo levada pelos soldados. Caminha sozinha pelo caos das ruas de Praga e quando retorna à estação, não encontra mais sua mãe. Brigita senta na estação e folheia um livreto que encontra no chão, quando um jornalista russo a aborda. Cheio de perguntas que não são respondidas, o jornalista cobre a menina, que parecia sentir frio, com seu lenço, tira uma fotografia e parte. No dia seguinte, retornando à estação, o jornalista encontra Brigita no mesmo local, a alimenta com um pedaço de pão, mas ainda não consegue respostas. Sem conseguir desvendar o mistério da menina da estação, o jornalista parte, sem nunca esquecer o rosto angelical de Brigita, que cresceria em um orfanato e anos mais tarde conseguiria finalmente ir à Paris com a intenção de procurar por sua mãe. Já na França, seus caminhos novamente se cruzam com o do jornalista russo que a conheceu quando criança.

Mikhaila Sansuste

Vanessa Silva (RA: 830811)
Karla Torralba (RA: 833622)

Mikhaila é uma menina de 5 anos, que vive na Polonia. A garota é obrigada a trabalhar ao invés de estudar e brincar, já que está prometida em casamento com um homem mais velho da Argentina.

Mesmo com a pouca idade, Mikhaila sabe o que quer para o seu futuro: estudar e ser professora em uma grande universidade da Inglaterra. A foto mostra a menina brincando de escolinha com os seus irmãos. Como é a caçula, os sete irmãos mais velhos não têm paciência. No instante do click, a garota estava sozinha e se divertindo com o livro em um dos poucos momentos de folga .

A foto foi tirada pelo pai, que pretendia “apresentar” a menina ao seu noivo assim que Mikhaila completar nove anos. O futuro marido é um rico argentino, que pretende levá-la para seu país e vende-la a um cabaré.

Logo depois da foto, o pai da menina tira o livro de suas mãos e bate na pequena Mikhaila, que é obrigada a voltar ao trabalho. A única esperança de fuga é uma vizinha, mãe de sete meninas, que pretende se mudar para a França levando sua família e Mikhaila clandestinamente.

Madeleine

Madeleine é uma criança tímida, de muitas expressões e poucas falas. Gosta do dia, da luz do sol entrar pela janela desgastada. Gosta de reparar, reparar os detalhes, do barulho da água pingar na pia, dos pormenores, das coisas pequenas, ao contrário de seu nome. Gosta de comer comidas coloridas, de tomar sucos doces, de experimentar o que a vida lhe apresenta. E a vida lhe apresentou sem medo a poesia e nunca mais a largou, apesar de ter quatro pródigos anos e não saber ler. Gosta de sentir a textura das roupas, das louças, do ar. A textura do ar a intriga. A diferença do vento gelado e do vento frio. Da cama aquecida pela mãe, que já não permanece mais. Vive com o pai, agricultor e comerciante, no pequeno pedaço de terra que dispõem, com muito labor, no sul da França. Seu pai, Jacques, tem 42 anos e pouco tempo para cuidar de sua única filha e única família.
Com o olhar perdido nos devaneios da alma, Madeleine pensa, de forma infantil, em como ajudar o velho pai. No colo, o livro pesado dos sonhos e histórias maravilhosas que sua mãe recitava enquanto ainda era presente. A poesia estava ali, mas não a lia, só a sentia. Pela janela, o sol lateral e difuso do nascer do dia atravessa a vidraça suja e quebradiça, percorre cada fragmento do ambiente, a poeira dançante no ar e o pó já cansado, acolhido pelo chão frígido. Madeleine pensa em ajudar o pai. Poderia sair pela vila próxima e vender flores, ou dentes de leão. Seria uma boa idéia, se não tivesse quatro anos. Poderia ajudar o pai a carregar os legumes até a cidade, se não tivesse quatro anos. Poderia então recitar poesia, e isso sim daria muitas moedas de prata, se não fosse sua timidez. E teria outros planos se não tivesse que colocar as botas do pai no lugar de rotina, de borrifar alfazema nos cantos silenciosos da casa, de colocar uma pequena caneca de chá para esquentar, para servir assim o pai, que logo acordaria.


Ana Paula Braga Machado 839041

Atividade 2 - Narração de história

Título: Sufocada

Bruno Piola (RA: 830542)
Letícia Andrade (RA: 830658)



Zara Mokhtari era a típica menina que nascera no lugar errado para tudo que prometia. Dona de uma mente brilhante e raciocínio absurdamente rápido, seria a criança exemplar em qualquer país europeu ou nos Estados Unidos. Aos quatro anos, Zara já conseguia ler textos longos e de complexidade considerável para uma criança, e só por isso ela seria alvo de jornais, revistas e vista como a menina dos olhos de muitas universidades. Mas Zara não é européia, e muito menos americana. Zara era afegã, e seu pior pecado era ter nascido mulher.

Seu pai, um dos líderes do grupo político Talebã nos anos 1990, era o responsável por uma das funções de maior prestígio no país: confisco de material infiel e de oposição ao governo. No porão da casa de Zara, uma simples casinha localizada em um bairro central de Cabul, as revistas estrangeiras e jornais opositores se acumulavam no chão, juntando traças e poeira.

Mesmo sendo proibida de simplesmente folhear o material, Zara se aventurava sempre que o pai saía para trabalhar. Com o tempo, aprendeu a ler inglês. É aí que um repórter, Bob Jones, vem morar na casa de Zara para fazer uma reportagem sobre a vida de uma família afegã típica. Um dia, ele flagra Zara lendo a revista People (dos Estados Unidos), e a fotografa. Um dia, ele vai embora, e publica a foto, que corre o mundo e faz a pequena Zara extremamente famosa. Eventualmente, a notícia chega na casa de Zara, que deixa seu pai, Hasan, furioso. A menina foge com medo do pai matá-la. Ela entra em contato com o repórter (ele lhe havia dado seu telefone) e ele volta para o Afeganistão. Bob, compadecido do sofrimento e percebendo que o país não é lugar para ela, tenta tirá-la no país. O pai a encontra, mas é tarde demais: eles escapam, no último minuto, para a Índia: é o começo da liberdade de Zahra. Ou não?

Exercício aula 23/03- "Amélia"

Só. Foi assim que Maria Amélia, na época com quatro anos, se sentiu após esperar por mais de quatro horas no dia em que esperava voltar para casa. Era Natal e, embora não tivesse uma família “estruturada”, ainda havia um resquício de esperança nos olhos da menina.
Olhando ao seu redor, ela via a sala de espera da Casa de Reintegração, onde fora deixada devido ao seu comportamento supostamente agressivo.O que ninguém sabia era que não se tratava de um distúrbio de comportamento: era apenas ciúme; diagnóstico facilmente elaborado pelos médicos em menos de três dias de internação.
A foto foi tirada por um jornalista que fazia uma reportagem no local e percebeu a tristeza nos olhos da menina. Nesse instante, ao olhar para a lente, os olhos da criança possuíam um brilho enorme, um brilho amargo. Ela parecia ver tudo o que o futuro lhe reservava.
A mãe, que nem chegou a conhecer Maria Amélia, está a quase quinze anos presa por tráfico de crack. A avó, que deixou a criança na instituição, se negou a criá-la. O pai? Sabe-se lá quem é este.
Desde o dia da foto, dez anos se passaram. A garota perdeu sua infância, não pode ter uma vida normal, freqüentar a escola ou ter amigos. Viveu cercada por pessoas com diversos males psicológicos, privada de toda uma vida. Seu único mal? Abandono.

Júlia Matravolgyi RA: 830607
Vivian Lourenço RA:830721

Por trás de um olhar - a menina da foto.

Ana Carolina Chica - 830501
Carolina Bortoleto Firmino - 830682

Sara Abdullah, tem 6 anos de idade e desde os 4 vive em um orfanato, ao sul do Afeganistão. Filha de um comerciante que faliu, a garota viu sua família ruir ao presenciar o assassinato de sua mãe pelo próprio pai, morto dias depois por justiceiros do bairro em que moravam.
Sem outros parentes que pudessem cuidar dela, a menina foi viver em um orfanato, conhecido por abrigar crianças que sofreram traumas na infância. A pobreza da região também se reflete nesse local, que conta com a ajuda de doações internacionais para manter o bem estar dos internos.
Sara tem como maiores companheiros a solidão e seus próprios pensamentos. Apesar do pouco estudo, a menina é inteligente e esperta, mas ao mesmo tempo é introspectiva e ardilosa. Por trás de seu olhar afetivo e inocente, existe alguém misterioso, que carrega traumas de uma infância conturbada. No momento da foto, Sara estava sozinha, lendo um jornal antigo, que mal prendia sua atenção, e observando as outras crianças do orfanato brincando com os pombos que tentavam pegar os restos de comida provenientes da última refeição do dia.
Naquele momento, Sara aguardava um casal de ingleses, que movido pelo desejo de ajudar o próximo, buscava uma menina para adoção. O casal, que já tinha dois filhos adultos, mal sabia o que estes olhos afetivos eram capazes de causar...

Atvidade 2 - Faça sua história - Ana Lis e Elita

A menina das fotos
Nádia olha a foto tirada pelo pai há saudosos 21 anos passados. Hoje é seu aniversário de 28 anos, mas o olhar sobre o mundo é o mesmo, como de qualquer “cidadão do mundo”. Nádia não mora em lugar nenhum e nem é de ninguém. Sempre foi assim. Aliás este é um dos únicos “sempre” que adquiriu na vida. Nádia nunca tinha certeza de nada. Era os “nunca” que colecionava. Nádia é “do mundo” e isso é arraigado em sua alma e personalidade muito fortemente. Metade é culpa do pai, a outra metade é de Deus, como costuma brincar. Na foto, Nádia estava em Israel, uma das últimas cidades do Oriente Médio visitadas e fotografadas pelo pai antes de sua exposição histórica iniciada em São Paulo. Nádia vê seus próprios olhos fixos na imagem que eram tão admirados pelo pai, quem a fotografava em todos os lugares do mundo. Ela ainda acha que são iguais aos da mãe, mas é só impressão, já que não a conheceu.

“Ainda procuro minha raposa”, sorri Nádia lembrando de seu livro preferido na infância , “O pequeno príncipe”. Ela teve de aprender a lidar com relacionamentos passageiros, embora os sentimentos não o fossem. É difícil, mas ela acredita que as pessoas têm a capacidade de adquirir uma “frieza doce”. Assim sintetizava suas relações, sempre tão sinestésica.

Aquela era uma de suas fotos preferidas, já que Nádia sente, profundamente, em seu olhar todo seu espírito de menina aventureira, amante de artes como as cênicas e a literatura. Além de tudo e mais do que isso, ao olhar a foto, não se esquece de suas raízes, de menina do mundo. E do pai.



Por Ana Lis Soares e Elita Jarcem

Bárbara Takemoto e Juliana Zanatta - Into the Wild



Diálogo ( Diegético, Objetivo, On screen) – Acontecem durante quase todo o trecho, sendo principalmente falas dos personagens: Chris e Walt. Os diálogos desaparecem somente no momento em que há narração, ou quando a música de fundo e os efeitos sonoros são mais intensos, como na cena que vai de 1’57’’ até 2’10’’

Música de Fundo ( Não Diegético, Subjetivo, Off screen) – Dura o trecho todo, tornando-se mais suave e quase imperceptível durante os diálogos e ressaltando-se em momentos como na cena que vai de 1’47’’ até 1’52’’.

Narração (Não diegético, Subjetivo, Off Screen) – Acontece uma só vez no trecho e vai de 10’’ até 29’’.

Efeitos Sonoros (Diegético, Objetivo, On screen) – Ocorrem durante todo o trecho escolhido, e podem ser percebidos como o barulho da água do rio, ou a buzina de um carro que passa na estrada.

Bastardos Inglórios - Raphael Rodrigues



Logo acima se apresenta um trecho do filme “Bastardos Inglórios” com direção de Quentin Tarantino. Durante este fragmento são misturados vários tipos de sons, mas com um objetivo principal muito bem definido: o de dramatizar a cena, tornando-a mais intensa e logo atraindo a atenção do público.
Inicia-se a cena com um diálogo, que caracteriza um som diegético on-screen. Tal diálogo ocorre em primeiro plano. Porém há o barulho do mato e de árvores atingidas pelo vento, este se trata de um efeito sonoro (diegético). Lembrar que tal som não produz nenhum efeito nos personagens que ali estão.
Logo ouvimos o barulho de um taco batendo em paredes, ou no chão. Tal som no início parece se tratar de um som não diegético, com o objetivo único de dramatizar a cena, mas logo ele se traduz em um som diégetico, pois ele é colocado em questão pelos persongens,ou seja, ele está inserido no universo sonoro perceptível por estes. Com o passar da cena o barulho causado pelo taco ganha maiores proporções e se torna mais freqüente. Quando chega próximo ao seu ápice, uma música de fundo (som não diegético) começa a acompanhá-lo (parece que os dois sons começam a ser um parte do outro) o que causa um momento de grande expectativa e de grande dramatização. Assim que se revela o “produtor” de tal barulho, a música de fundo é cortada e somente o som do taco continua.
Podemos observar este trecho aqui brevemente estudado como um exemplo em que o som foi de grande importância para a produção do desenrolar do roteiro. Somente as falas e colocações das personagens não conseguiriam causar no espectador as mesmas sensações tão bem trabalhadas com a ligação de todos estes elementos, tendo o som uma posição de grande importância.

Rabits - Roney Rodrigues e Thiago Teixeira



0'0" - 0'40" : A vinheta de abertura do "sitcom" com personagens vestidos de coelho começa com uma arte onde predominam tons de cinza, na qual uma curtina se abre apresentando o logo do "programa", dando o tom teatral do vídeo. A BG (não diegética) cria uma atmosfera sombria.
Ato único: 0'40'' - 6'06" : Plano geral do palco, em primeiro plano, Suzie ( vestida com um robe rosa claro ) está sentada no canto direito do sofá de três lugares, iluminada por um abajour. Jane (usa um vestido rosa escuro) passa roupas no segundo plano, iluminada por uma luminária. O som ambiente é dado pelo vento, externo (não diegético). De fundo, uma música (não diegética) dá um tom sombrio à cena.

2'40" até 6'06'' Jack (trajando terno executivo)chega em casa. A suposta platéia o aplaude (não diegética), o ator espera que os aplausos cessem e senta-se na outra ponta do sofá, onde Suzie está sentada. O som do vento passa a ser o principal e a música fica como Fundo. Uma tarja encobre a luz do abajour enquanto Suzie diz: "Eu vou descobrir um dia." (como não há resposta a essa frase, parece tratar-se de um pensamento da personagem, o que seria um som (meta-diegético). Então, some a tarja segue-se o diálogo (diegético), com longas pausas entre as falas:
Suzie: Quando você vai contar?
Jackie: Alguém ligou?
Suzie: Que Horas são? / Risos da platéia (não diegético)
Jackie: (se levanta) Eu tenho um segredo.
Suzie: Não, Ninguém ligou. / Risos da platéia (não diegético)
Jackie: (senta-se) Não tenho certeza
Jane para de passar roupas e passa para o primeiro plano e fica atrás do sofá, apoiando as mãos no encosto, entre Suzie e Jack. sendo aplaudida pela platéia (não diegético)
Jackie: Uma coincidência (jane ri)
Jane: Não se esqueça que hoje é sexta-feira. / Risos da platéia (não diegético)
Suzie: Onde foi que aconteceu?
- som de passos (não diegético) Jackie: (olha lentamente para a porta) Eu ouvi alguém.
Jane: Tem uma coisa que eu gostaria de te contar Suzie. / Risos da platéia (não diegético)Jackie vai até a porta, abre e hesita antes de sair. Suzie e jane o observam surpresas. Jackie sai e fecha a porta. o som do vento intensifica (não diegético).
Corta.

Atividade 1: Ana Lis Soares / Elita Jarcem

Música de fundo – alterna durante a parte escolhida do filme Amelie Poulain = Som não-diegético/subjetivo

Narração – não percebida pelos personagens = Som não-diegético/subjetivo

Sons “dentro” da narrativa, percebidas pelos personagens – por exemplo, os dominós caindo um a um, som da taça de cristal, som da sucção no canudinho, som da moeda rodando na mesa, som de água quando o pai sai da piscina, som das tiras de papel de parede sendo arrancado, som das ferramentas caindo, som do aspirador de pó, som das palmas da televisão, som do coração batendo enquanto o pai está com estetoscópio, grito de Amelie quando criança, som da máquina fotográfica, som da batida de carros, barulho da TV, som do sino da igreja, som do balanço de Amelie, som dos passos de Amelie = Som diegético/objetivo

Diálogos – voz dos personagens = Som diegético/objetivo

É interessante analisar este trecho do filme “O fabuloso destino de Amelie Poulain” porque a trilha sonora é muito trabalhada e complexa. Através de uma narração não-diegética conta-se o nascimento, infância até a juventude da personagem principal, Amelie. Entre essa narração, têm-se diálogos e outros sons que são enfatizados e que dão um “quê” a mais na narrativa (que são os sons diegéticos citados acima). Portanto, no trecho, temos dentro da narrativa uma interferência dos personagens, das paisagens e dos objetos que compõe a “realidade” do filme. Outra coisa interessante, é que, neste filme em especial, trabalha-se muito com o subjetivo dos personagens, com os pensamentos, sonhos e sentimentos sobre as coisas; como percebemos na narrativa que conta sobre “o que o pai de Amelie gosta e o que não gosta”, como “Amelie cresceu e sonhou até se tornar adulta” etc.

Por Letícia Andrade - RA: 830658

Mariana Almeida - RA: 830801

Análise de trecho do filme "300" - Cena de Luta

A cena se inicia com um dos primeiros confrontos entre os 300 soldados espartanos escolhidos para proteger a entrada da Grécia contra o exército persa. Confere-se, nos primeiros dez segundos, uma nítida mistura entre sons diegéticos e não diegéticos: ouve-se o barulho das espadas e escudos se chocando (sons diegéticos), enquanto ao fundo toca-se a trilha sonora composta para a cena de batalha (som não diegético). Os dois sons se misturam: nota-se que o efeito especial das armas completa e enriquece a trilha sonora, trazendo, para o espectador, a sensação de que é somente um som.

Nos próximos cinquenta segundos, temos o ínicio da sequencia em câmera lenta. Nesse ponto, há uma valorização dos sons diegéticos, sobrepondo os sons não diegéticos: a trilha sonora diminui de volume , ficando em segundo plano e o som dos golpes e armas passam a ficar mais fortes, ficando em primeiro plano. Pode-se ouvir, em alguns pontos, o som dos gritos dos soldados mortos (novo som diegético), que confere veracidade e drama à ação.

Nos próximos trinta segundos, vemos a introdução das falas dos personagens. Essas, também diegéticas, passam a ficar no primeiro plano, tendo os efeitos sonoros de armas e golpes ficado em segundo plano. No terceiro, fica a trilha sonora, agora quase imperceptível.

No restante do vídeo, temos o fim da cena. Agora, os sons diegéticos de fala e efeitos sonoros de golpes e armas trabalham praticamente juntos, revezando-se nos primeiros e segundos planos de som. Introduz-se mais um novo som diegético, o som dos passos dos soldados (sobretudo dos persas, que estão sendo encurralados no abismo), e a trilha fica em último plano. Esta, só se destaca novamente nos últimos dez segundos do trecho, pra finalizar a cena.

http://www.youtube.com/watch?v=yVuEC3r7a-o

Juliano de Sousa RA: 830534
Maria Carolina Vieira RA: 830674

Essa é uma das cenas finais do filme “O homem que sabia demais”, de Alfred Hitchcock, de 1956. A música “Que sera sera” não só é a principal da trilha sonora do filme, como também é parte fundamental da narrativa dessa cena.
O trecho começa com a atriz Doris Day cantando a música para convidados, num salão (som diegético), com a música em primeiro plano. A seguir, a câmera faz o “caminho da música” subindo as escadas do edifício. Isso é evidenciado não só pela seqüência de takes em que vários lances de escadas são filmados, mas também pelo volume da música, que gradativamente diminui. Enfim, a música chega, num volume bem baixo, ao quarto onde está o filho seqüestrado, que reconhece a voz da mãe. Nesse ambiente, a música fica em segundo plano e o diálogo em primeiro.
O filho é orientado a assoviar a música bem alto para que as pessoas no salão pudessem ouvi-lo. Estrategicamente, Doris Day dá uma pausa no piano e o assovio é ouvido em primeiro plano e em evidência no ambiente do salão. Após a pausa, ela continua cantando e tocando, mas agora com o acompanhamento do assovio do filho. Dessa maneira, o pai vai saindo discretamente do salão para procurar o filho seqüestrado.
Essa cena é um exemplo da trilha sonora sendo integrada à narrativa da cena: ela não está só acompanhando o desenrolar dos fatos, mas em si, é peça central da história.

Análise sonora da cena da Fontana de Trevi, do filme “La Dolce Vita”

Ana Helena Ribas 830471 e Marina Paschoalli 830461


Duração: 3m42s

A cena começa com sons de passos do personagem Marcello, que, segundo a classificação dos elementos sonoros da narrativa cinematográfica, seria um som diegético on sreen, ou seja, é um som que é perceptível pelo personagem e que se passa concomitantemente com a ação mostrada na imagem.
O próximo elemento sonoro da cena também se trata de um som diegético on screen, que corresponde ao miado do gato que a personagem Sylvia encontra na rua. A partir daí também se iniciam os diálogos, classificados como som diegético on screen. No momento em que a personagem Sylvia pede a Marcello que vá atrás de leite, a câmera está enquadrada somente em Marcello, o que faz com que a fala seja um som diegético off screen. O miado do gato permanece durante quase toda a cena, portanto, ouve-se o miado também quando o gato não está enquadrado em cena (off screen).
Os passos de Sylvia também aparecem como elemento sonoro, porém o som é mais sutil se comparado aos passos de Marcello, que corre atrás dela e, logo depois, corre para procurar uma leiteria. Ele pede informação a um sujeito na rua que não está à mostra. O som do miado cessa, porque o enfoque da cena neste momento está em Marcello
Corte para mostrar Sylvia, agora sozinha com o gato. Neste momento, além do já corrente miado, é inserido um som de batidas de relógio. A personagem procura de onde o som está partindo, e, sendo evidentemente perceptível e parte da paisagem sonora, trata-se de um som diegético off screen. Sylvia conversa com o gato (diegético on screen).
No momento seguinte, há um corte que mostra Sylvia entrando para uma nova passagem no bonito cenário de Roma. Neste corte, constata-se o início de uma música de fundo na cena. O som pode ser classificado como não-diegético. Neste momento, apesar de a personagem estar sempre andando, não se escuta som de passos. O que permanece é a conversa de Sylvia com o gato e os miados. Ela também chama por Marcello (diegético on screen)
Após comentar sobre Marcello, se inicia na cena um barulho de água (diegético off screen), o que indica uma antecipação ao som da próxima cena. Um corte é dado para nos mostrar a fonte, o barulho da água se intensifica quando mostrada ao telespectador (passa a ser diegético on screen). A música permanece.
No próximo corte de cena (que mostra Marcello com o copo de leite) há uma sobreposição. O som da água da fonte se mantém em continuidade, apesar da mudança de plano. A música pára. Após a expressão de espanto de Marcello, um corte é dado para mostrar Sylvia nadando na fonte. Desta vez o som da água está ainda mais alto. Há um som dos passos de Marcello descendo escadas (diegético
on screen). O som do miado do gato pode ser considerado como uma antecipação ao momento que se segue, onde Marcello percebe o gato no chão e lhe dá o copo de leite (há um som diegético on screen do copo de leite quando colocado no chão). Sylvia continua nadando e chama Marcello para entrar na fonte. O diálogo fica off screen quando mostra a expressão dele enquanto ela grita ao fundo.
Marcello entra na fonte, e o que se percebe deste momento na cena é que o som da água abaixa quando há diálogo entre os personagens. No momento
em que Sylvia pede para que Marcello escute, o som da água vai abaixando até chegar ao silêncio, quando as quedas d’água cessam.
A música volta a tocar e mais sons diegéticos on screen são percebidos: os passos dos personagens andando na água.
Em um balanço geral da cena, é notável que os sons diegéticos são muito mais freqüentes porque, mesmo sendo elementos de pós-produção, são essenciais à veracidade da cena: barulho de água para a fonte, de miado para o gato e de passos na rua. São sons que parecem óbvios, mas que com certeza são pensados minimamente. Não há quaisquer sons internos, tampouco meta diegéticos. Isso porque a cena é bem realista, com elementos corriqueiros, sem muitas invenções. A música de fundo, único som não-diegético encontrado, é muito importante para o desenrolar da cena, ela acompanha a felicidade da descoberta da fonte por Sylvia e resolve o caráter emotivo do fim da cena.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Análise de trecho do filme "Lua Nova"

Karla Torralba RA: 833622
Vanessa Silva RA: 830811



A análise a seguir é sobre um trecho do filme "Lua Nova", lançado em 2009. No fragmento, Bella e Jacob saem para um passeio de moto, em que ele tentá ensiná-la como dirigir o veículo. A cena começa com o som de passarinhos, um exemplo de som diegético, já que é percebido pelos atores.

0 - 7": O fragmento começa com o plano geral, uma espécie de panorama da própria cena para que seja possível mostrar a localização das personagens envolvidas. No caso, Bella e Jacob estão em uma estrada deserta. A cena continua com o plano conjunto/close para que seja captado e transmitido aos telespectadores a suposta sensação de medo de Bella; o sorriso irônico de Jacob e este ensinando a menina a “pilotar uma moto”. Temos ao fundo o canto de pássaros, um exemplo de som diegético, já que é ouvido pelos participantes.

8" - 36": Depois do diálogo inicial, o close é totalmente em Bella, para que seja percebido o confronto interior da personagem com os seus próprios fantasmas interiores, no caso, Edward, com quem a menina quer se encontrar. Aos 22", há uma sobreposição entre o som dos pássaros e o ruído do motor (diegético) da moto de Bella, ambas sonoridades objetivas. É como se o som da moto engolisse o canto dos pássaros com a ideia de perigo que a moto representa.

Dos 24" aos 36", uma espécie de "plano conjunto paralelo" aparece e incorpora-se à cena um background para a voz que fala na cabeça de Bella. No caso, é um diálogo da personagem com ela mesma (Edward). O plano conjunto é interrompido pela saída brusca da moto e o ronco do motor (diegético). Pode-se classificar o o diálogo entre Edward e Bella em meta-diegético.

37" - 50": O som dos pássaros aparece novamente em foco enquanto a moto não volta a apresentar perigo, mas assim que o motor é ligado há outra sobreposição desse com o som da natureza, como se houvesse desespero e medo misturados. A cena é gravada em Plano Médio.

51" - 1'03": Todo o trecho é gravado em Close. Ao ruído do motor é acrescentado um novo background (não-diegético), passando a sensação de desespero e já preparando o telespectador para o acidente que se seguirá.

1'04"- 1'06": No momento do acidente, filmado em Plano Médio, há um pequeno close em Jacob e na sequência o background é desligado e a menina cai.

1'07" - 1'22": Para mostrar o socorro prestado à menina, é usado o Plano Geral até que ele chegue ao acidente. O único som da cena é diegético, proveniente do ruído da moto.

1'23" - 2'09": Em 1'28" retorna o som diegético dos pássaros, transmitindo a ideia de calma após o acidente. Há também um plano conjunto/close.

A partir de 1'58'', entra um background (não diegético), que dá um clima de ternura à cena, enquanto Jacob tenta estancar o sangue no rosto de Bella. Então o close é em Bella para que se possa perceber a reação da menina em relação a Jacob, que é apaixonado por ela. A cena termina com um close em Jacob.

Videoclipe “Telephone” – Lady Gaga ft. Beyoncé



Análise Sonora
por Mariana Zaia e Olavo Barros

Por tratar-se de um objeto que tem por excelência a apresentação de uma música, o videoclipe, que mescla elementos próprios do cinema, compõe-se de uma vasta gama de recursos sonoros, que vão desde a utilização de paisagem sonora e diálogos secundários até a própria interpretação da música proposta.
Cerca dos primeiros 3 minutos do clipe são utilizados para compor a situação que levará ao início da canção a ser interpretada. Nesses minutos, a predominância é de sons não-diegéticos utilizados principalmente como paisagem sonora. Como exemplos, podemos citar o som da passagem de um trem, uma sirene e um latido ao longo dos planos iniciais; uma música de ambientação que abre o vídeo, conferindo certa tensão ao ambiente presidiário a ser apresentado; o ruído das câmeras de segurança; o som da legenda que aparece na tela identificando data e local da situação ficcional, entre outros.
Ainda nesses três primeiros minutos, agora como sons diegéticos, podemos citar a abertura e fechamento das portas e celas do presídio; os passos da cantora que interpreta uma presidiária; as conversas, discussões e brigas entre as encarceradas; a música que as prisioneiras ouvem enquanto se exercitam; o toque do telefone; o tilintar das chaves e das correntes etc. Nota-se também o som off-screen, no momento que a personagem é chamada através do auto-falante para atender ao telefone.
Em seguida, ao iniciar a canção, os sons secundários cessam, dando lugar apenas a dois planos de som: ao da voz da cantora e ao acompanhamento musicado. A partir daí, as outras personagens continuam a interpretar e se mantém à parte desse primeiro momento da música. Logo, podemos caracterizar esse trecho que vai de 2’53’’ a 3’18’’como de som meta-diegético.
A cantora e algumas das personagens começam uma coreografia, o que caracteriza a canção como um som diegético durante a dança. Vale ressaltar que a todo o momento, música, interpretação e diálogos estão em sincronia, uma vez que a música, tema principal do videocilpe, dita o ritmo desse.
Um som diegético de abertura das grades da prisão marca a transição entre a coreografia e uma segunda cena que não é musical. O acompanhamento da canção ”Telephone” continua como background, um som não-diegético. Há , ainda, nessa segunda cena sons diegéticos como passos, barulho de teclado e de portão se abrindo. Ao longo do clipe existem efeitos sonoros que conferem comicidade e marcam um estilo de narrativa. Nessa cena, essa marca se faz presente quando Lady Gaga ergue sua sobrancelha.
O som e a imagem de um carro passando faz o corte na canção como background e salienta o diálogo que está por vir entre as protagonistas. Durante esse diálogo, mínimos sons diegéticos, como Gaga tirando os óculos e o barulho do plástico do sanduíche, são ressaltados para conferir o estilo cômico que marca toda a narrativa. Com o arranque do carro, a música volta como background, ou seja, som não-diegético.
Ao longo do diálogo travado pelas protagonistas enquanto dirigem, os sons diegéticos e sincrônicos em relação à música e à narrativa são predominantes: rádio (voz off-screen), “click” de fotos tiradas etc. Uma curiosidade a ser notada é a famosa máscara sonora que encobre alguma palavra de baixo calão e a forma como esse som foi empregado. Quando Lady Gaga fala a palavra motherfucker, o som que a encobre é não-diegético, pois simplesmente abafa o som da palavra, sem intervenções por parte das personagens. Posteriormente, quando Beyoncé diz a mesma palavra, a mesma tapa os lábios e olha para câmera como se soubesse que havia falado algo impróprio. Assim, pode-se concluir que a máscara sonora dessa segunda citação pode ser considerada diegética.
Daí até o final do videoclipe, outras duas cenas coreografadas são propostas: ambas tendo a música como um som sincrônico e diegético. A remixagem de som estabelece a sincronia com a imagem, que acompanha esse efeito como se a própria imagem estivesse sendo remixada.
Outro fator interessante a ser notado, é que, após começarem a ser perseguidas pela polícia, o som de sirene e do helicóptero, no começo do clipe não-diegético, passa a integrar a narrativa de forma efetiva, ou seja, tornando-se diegético.
Assim, pode-se concluir que para o gênero videoclipe a música, predominantemente diegética, é fator que determina o ritmo de “Telephone”, considerado uma transição entre o videoclipe e um curta-metragem musical.

Análise de trecho do filme "Peixe Grande"

Júlia Matravolgyi RA: 830607
Vivian Lourenço RA: 830721

A cena que escolhemos para análise foi o trecho do circo do filme “Peixe Grande e outras histórias maravilhosas”, de Tim Burton:



(0-0:13s)
Ela inicia-se com som diegético, on screen e sincrônico, pois a imagem apresentada é de um circo e o som caracteriza o ambiente – fala do apresentador, musica de picadeiro, vozes do público, etc.

(0:14-0:27s)
Segue-se um som não-diegético e sincrônico, no qual o personagem principal (que é também o narrador) descreve uma cena de seu passado, em que conhece a “mulher de sua vida”, ainda caracterizado pelo som do ambiente circense e pela música.

(0:28-1:13s)
Na seqüência, o personagem escuta uma música que só ele pode ouvir e é motivada pela paixão que sente, ou seja, meta-diegético. Por causa desse encontro o tempo supostamente para, e a sonorização contribui para comprovar a veracidade da informação

(1:14-1:38s)
A seguir o narrador volta a falar, da mesma maneira que fizera no início, e o som torna-se não-diegético e sincrônico, uma vez que os sons ambientes são importantes, mas não interferem diretamente no andamento da cena. No final da cena, o som volta a ser diegético sincrônico, caracterizado pela música ambiente que representa a passagem acelerada do tempo.

Análise trailer "Ilha do Medo"

Ana Carolina Chica - 830501

Carolina Bortoleto Firmino - 830682



O trailer do filme "Ilha do Medo" (Shutter Island, 2010), com duração de 2’30”, possui, na sua maioria, sons do tipo diegético, que permitem dar maior realidade ao que se passa nas cenas: eles estão presentes no barulho do navio, nos portões batendo, na chuva caindo, nas chamas da fogueira, na sirene, no subir das escadas, no acender do fósforo. Alguns sons diegéticos são off screen, mas podem ser facilmente identificados: pássaros voando e gritos de pessoas, por exemplo. Há também o uso de diálogos, que ajudam a compor a história contada pelo trailer (a narração da história, aqui, é contada pelas conversas entre os personagens, extraídas de trechos do filme) e a aumentar o suspense sobre ele.

O uso de sons não diegéticos são percebidos na passagem de uma cena para outra, com sons usados no intuito de dar velocidade e tensão para as ações. Ao final, a música de fundo fica mais rápida e as imagens são passadas em flashes, o que aumenta o clima de medo e tensão sugeridos para o filme.

A fim de adicionar suspense ao filme, o trailer começa com tomadas rápidas que variam entre cenas compostas por plano geral – da paisagem, do navio chegando à ilha – e imagens de personagens em close e plano médio. O trailer segue com prevalência de cenas em plano americano, médio e close: são focos da imagem os personagens que compõe o núcleo principal do filme, objetos e ações importantes para o entendimento da história, e o interior de onde se passa a maior parte do filme, o sanatório.

Análise do Documentário Surplus

Renata Mondini Takahashi 830593
Renato Maito Sostena 830615

Análise da composição audiovisual

Surplus: Terrorized Into Being Consumers
introdução (00:00:00 -00:04:30)

Categoria: Documentário
Ano: 2003
Origem: Suécia


O vídeo foi analisado até o tempo de 4'30" que é a duração da introdução.

(0s - 8s)
1. O documentário começa com um plano conjunto/close de George Bush ao lado de um homem, (com desaceleração da passagem de tempo – quase um câmera lenta - flagrando o sorriso dos dois). Acompanha uma música, com função de condução emocional.

(9s – 2m14s)
2. Seqüências em plano geral com imagens diversas, algumas em câmera lenta. Segue a música em segundo plano, e em primeiro, a voz em off (que remete ao discurso de um líder, pela entonação da voz). Em alguns momentos, o som da imagem entra em terceiro plano (quando aparece um helicóptero, os soldados marchando, etc), mas a música e a voz em off prevalecem mais evidentes.

(2m15s – 3m15s)
3. Continuam as seqüências em plano geral, com imagens de conflitos (protesto, multidão, aglomeração, bombas... caos). Seguem a música e a voz em off. Aos poucos, o som da imagem, ou seja, de gente gritando, bombas, tiros e buzinas, vai surgindo até que a voz em off cesse e a música acalme-se, quase que desaparecendo, evidenciando o som do caos.


(3m16s – 3m25s)
4. Seqüência de aproximação. A imagem começa em plano geral e aproxima-se (zoom) conforme a batida da música. A voz em off acompanha o ritmo. O editor utiliza-se da repetição (rewrite) de sons e imagens para falar das imposições do sistema.


(3m26s – 3m38s)
5. Imagem em plano médio de um homem discursando, intercalada com imagens em plano geral do discurso, mostrando a platéia. A voz está em primeiro plano sonoro e em segundo está uma batida ritmada. Imagens desconexas interrompem a rotina do discurso, sincronizadas com as batidas. Uso de eco na voz para representar passagem para outro take.


(3m39s - 4m18s)
6. Com características de câmera subjetiva (imagem tremida, desfocada, de ângulos diversos e inesperados), o take tem o barulho de rua em segundo plano e a voz em off de um entrevistado em primeiro. Segue imagens de policiais, e volta a batida sincrônica em primeiro plano e a voz de manifestantes em segundo.


(4m19s – 4m30s)
7. Seqüência de imagens em plano geral, com afastamento da câmera, que aumenta o campo visual e amplia o efeito panorâmico. Aparece o nome do filme, com a imagem ainda rodando. As batidas saem em fade e o burburinho de rua fica em primeiro plano, porém com o volume baixo.


Observações

A seqüência de imagens é ritmada em harmonia com a trilha sonora (de sons eletrônicos). Ambas relacionam-se ao que diz a voz em off. Essa harmonia acontece porque o documentário explora alinguagem do vídeo-clipe.